segunda-feira, 14 de março de 2005
Boxe no Mineirão
Domingo não fui ao Mineirão. Acompanhei o jogo Atlético x América pela televisão. Ainda bem. Pagar para ver futebol e acabar assistindo boxe é desagradável. Não que eu não goste de boxe. É que futebol é futebol e luta é luta. Meu time estava perdendo. Dos males o menor. O pior estava por vir. Momentos antes do final da partida, um homem invadiu o campo correndo tresloucadamente em direção ao árbitro. Um juiz equilibrado arrumaria uma maneira de se esquivar ou imobilizar o torcedor até a chegada da polícia. Não foi bem isso o que aconteceu. Pelo contrário, o juiz, autoridade maior dentro das quatro linhas, iniciou uma troca de sopapos e pontapés com o dito invasor do campo. Vergonhoso! Cadê a polícia? Após acordar de um leve cochilo, eis que a tropa entrou em campo. Danou-se! Foi um desastre completo! Armados de porretes e escudos os soldados aproveitaram a chance para dar mais uma mostra da falta de preparo da polícia brasileira. Agrediram torcedores e jogadores. Um soldado de cerca de 1,60 m, cabelos raspados, cara feia e cabeça enorme, mostrou a sua personalidade ferina. De tão nervoso e assustado, parecia um cachorro treinado para o ataque. Acho triste que até os dias de hoje a sociedade ainda precise de polícia armada. Acho trágico precisar de uma polícia deste tipo: violenta, despreparada e ignorante. A atuação da polícia nesse acontecimento foi deplorável. Parece que os soldados são treinados como cães de guerra. O pior de tudo é que a próxima presa pode ser qualquer um de nós brasileiros desprovidos de poder e influência política. É inevitável dizer, que merda!
Nenhum comentário:
Postar um comentário